O cenário econômico mundial sombrio impõe a busca por competitividade em todas as etapas dos processos industriais. Assim, as empresas entenderam que precisam localizar gargalos e oportunidades também no final das linhas, por meio de embalagens de transporte mais eficientes, ergonômicas e, sem dúvida, econômicas.
Quando pensamos em movimentação e armazenagem, ou logística, os custos envolvidos são altos. Com isso, se é identificada uma forma de potencializar um recurso, as reduções são significativas. Na Feira Emballage de Paris, em 2014, no setor Manutention, pudemos comprovar que vários fornecedores entenderam essa necessidade e apresentaram diversas soluções. Embalagens de transporte, que anteriormente eram vistas como itens isolados no processo logístico, foram reinventadas para ser mais efetivas.
Soluções acopladas aos equipamentos e sistemas contribuem para melhorar os processos, eliminando etapas e, consequentemente, reduzindo o desperdício de tempo e de mão de obra, o que garante a preservação dos itens transportados.
Para facilitar a movimentação interna e eliminar ou diminuir o trânsito de equipamentos – como empilhadeiras e paleteiras em áreas produtivas, que são cada vez menores, pois o valor do metro quadrado está cada vez maior –, foram inseridos rodízios nas embalagens ou foram criados sistemas para movimentá-las sem a necessidade de utilizar empilhadeiras ou paleteiras. Um exemplo de praticidade foi apresentado pela CHEP (www.chep.com/pallets): uma caixa plástica com divisória interna estruturada na mesma espessura de suas paredes externas. Essa embalagem permite transportar itens diferentes na mesma caixa com segurança, evitando que os produtos se misturem.
Para facilitar a identificação, as embalagens ficaram mais coloridas, com formatos e tamanhos variados.
Já a Toppy (www.toppy.it) apresentou o Toppy Pallet System®, um sistema que substitui os paletes tradicionais usados nas exportações contendo três longarinas formando os pés dos paletes de plástico reciclável. Para sua utilização, é necessário adquirir os equipamentos para fazer a montagem desses paletes. A proposta é interessante para casos de altos volumes de exportação, cujo valor investido com palete tradicional e descarte seja significativo e justifique o investimento.
Observamos o movimento das empresas fornecedoras de embalagens de transporte no sentido de ir além do simples fornecimento, ou seja, oferecendo serviços integrados como locação, limpeza e armazenagem. Da mesma forma, pudemos notar uma mesma empresa fornecendo diferentes tipos de embalagem, como de plástico, papelão, madeira ou metálica.
A CHEP (www.chep.com/pallets), por exemplo, mantém um pool de embalagens de diversos tipos que são disponibilizadas para os clientes de acordo com a necessidade e a programação. Esse tipo de serviço já é bem aceito na Europa e está chegando ao Brasil timidamente, já que aqui ainda existe a barreira do custo do serviço devido à dificuldade de manter os estoques das embalagens retornáveis.
Pensando em ergonomia, ponto importante para garantir condições seguras de trabalho, no momento do envase das embalagens e na seleção dos lotes, foram apresentados sistemas robotizados. No campo das movimentações de cargas, encontramos soluções simples e importantes, como o caso da CGP Coating Innovation. Muitos acidentes ocorrem durante as movimentações de cargas devido ao escorregamento das embalagens dos paletes. Assim, a CGP apresentou um produto antiderrapante que pode ser aplicado em papel, filme e outros materiais. Esse material evita que a carga se desloque (ou escorregue) durante a movimentação.
Já a Triax (www.triax-securite.com) trouxe várias soluções para evitar acidentes durante a movimentação de cargas, por exemplo, portões de segurança para docas onde existem diferentes níveis. Outra solução apresentada foi o sistema de manuseio de paletes que permite empilhar e movimentar a pilha de paletes sem esforço dos operadores, além de rotacionar a carga para trocar o palete. Sem esse equipamento é necessário tirar a carga do palete manualmente e remontá-la.