Assunta Napolitano Camilo
O mundo mudou e nunca mais será o mesmo. Temos que reaprender e rever muitos conceitos para calibrar nossos planejamentos empresariais e pessoais. A pandemia longa, profunda e devastadora nos obrigou a descobrir muitas verdades absolutas e, às vezes, inconvenientes.
O acolhimento a animais de rua e a comoção por casos de maus tratos e mortes de animais tem crescido. Há uma dupla preocupação com o gado da pecuária: como eles são tratados e a ocupação de terra. Muitos consumidores adotaram o veganismo por conta destes dois aspectos, movimento que cresce em todo mundo.
Passamos a buscar saúde e bem estar físico, mental, emocional e alguns, mais elevados, o espiritual. Assim, vivemos a revolução do “plant based”, produtos à base de vegetais, que substituem proteína animal como carnes vermelhas e leites, e agora peixes, frutos do mar, entre outros. Até pouco tempo, havia uma pequena área dos supermercados dedicada a estes produtos. Hoje, na Europa, já existem corredores inteiros voltados para estes produtos que estão mais acessíveis.
A última edição da feira ANUGA, em outubro de 2021, destacou os peixes “feitos” de plantas, principalmente o atum, mas também tinha camarão e o caviar produzido a partir da tapioca.
No Brasil, o conceito de plant-based vem ganhando espaço no estilo de vida de muitos consumidores. A Fazenda do Futuro introduziu em seu portfólio recentemente a linha Futuro Atum, um alimento à base de proteína vegetal que mimetiza o sabor do atum.
O conceito da embalagem segue o padrão do famoso Hambúrguer do Futuro. A marca Futuro Atum ganha destaque no cartucho de papelcartão branco, com texto preto em caixa alta e a apresentação do produto em formato de sanduíche. O claim na parte frontal destaca que se trata de um produto vegetal.
O design clean e direto convence. Ao abrir o cartucho, o consumidor encontra uma embalagem flexível laminada com alta barreira para garantir o um ano de shelf-life prometido!
Outra foodtech famosa, a The New Butchers, lançou uma linha de pescados plant based. A empresa também seguiu a embalagem adotada nos seus hambúrgueres. Trata-se de uma embalagem termoformada com filme de fechamento transparente que permite a visualização dos produtos. A luva de papelcartão bem impressa, com janela em formato de peixe, complementa o conjunto.
O bolinho de bacalhau faz muito sucesso pela proposta de saúde e pela apresentação e praticidade. Não necessita descongelamento e pode ser preparado rapidamente em qualquer aparelho doméstico: forno, fogão, airfryer. Ícones bem compreensíveis orientam os consumidores para o preparo do alimento.
Embalagens que atendem as necessidades dos consumidores têm mais chances de sucesso.
Embalagem Melhor Mundo melhor!