EMBALAGENS DE RPET, EMBALAGENS RETORNÁVEIS E EMBALAGENS INCLUSIVAS ESTÃO ENTRE OS EXEMPLOS DE NOVAS TENDÊNCIAS
O Fórum Embalagem & Sustentabilidade realizado no último dia 08 de outubro pelo Instituto de Embalagens, apresentou soluções para reduzir o impacto ambiental das embalagens que despontam como iniciativas disruptivas. A indústria deverá ser protagonista na construção de um futuro sustentável para o planeta. Os governos podem regulamentar e a sociedade pode exigir, porém a realização será da indústria.
A Danone Waters que sempre foi criticada pelo uso do PET laranja em seus garrafões de água buscou uma solução. A partir do recolhimento dos seus garrafões nas próprias distribuidoras, a companhia acaba de lançar uma garrafa feita com 100% de PET reciclado pós-consumo e, além disso, sem rótulo. Segundo Thays Rosini, gerente de sustentabilidade da empresa, desde janeiro deste ano, todo o volume de plástico produzido pela Bonafont é recolhido e reciclado. Um exemplo de economia circular fechada, que foi além ao reduzir um item do sistema (o rótulo). Neste mês, a companhia também lançou as garrafas tradicionais de Bonafont feitas de rPet 100%. A marca comunica a iniciativa aos consumidores com uma mensagem estampada nas garrafas e no shrink do multipack: “SOU UMA GARRAFA A MENOS”.
Além de reciclagem, a retornabilidade é outra possibilidade de redução de impacto ambiental. Este foi o caminho adotado pela Coca-Cola Brasil que desenvolveu a garrafa retornável universal e agora está expandindo para sua linha de sucos. Outra quebra de paradigma que promove uma relação melhor com o consumidor que pode trocar suas garrafas por bebidas diferentes da inicial e, até mesmo, acumular pontos através de aplicativo. A expectativa da empresa é chegar a 30% de garrafas retornáveis até 2025”.
A Phisalia lançou a Physalis, uma nova linha de cosméticos vegana que mantém a coerência entre a proposta da linha com a embalagem no tocante ao design, à comunicação e, sobretudo, aos materiais escolhidos. Luciana Amiralian, diretora de P&D e Inovação da Phisalia, afirmou que as embalagens dos frascos são feitas de resina PET 100% reciclada pós- consumo e os cartuchos são produzidos com papelcartão Vitacycle, da Papirus, que tem 30% de conteúdo reciclado pós-consumo e é certificado pelo FSC. Outro público bem atendido por embalagens coerentes com a proposta de produto e propósito de vida escolhida. Questão de respeito.
As práticas de sustentabilidade da Adimax, fabricante de pet food, vão além da questão ambiental e já atendem também a missão social e inclusiva da embalagem. Conforme destacou Leonardo Dalmagro, gerente de pesquisa e desenvolvimento de embalagem da Adimax, recentemente a empresa quebrou paradigmas e incorporou a linguagem Braille e um QRCode nas suas embalagens flexíveis para a linha Fórmula Natural®. “Dar a opção aos deficientes visuais entenderem o que estão comprando é admirável e necessário. É dar a eles a possibilidade de escolha”. É uma importante iniciativa, pois, já temos no Brasil mais de sete milhões de deficientes visuais. É a embalagem inclusiva!
Estas propostas provam que é sempre possível irmos além e rompermos paradigmas e desenvolvermos Embalagem melhor para um mundo melhor para todos, sempre!